Em frente a nós a
mesa
A mesa onde
iriamos almoçar
De olhos vendados
De costas para a
realidade
E restavam os
gestos vazios
De sentido, como
tudo o resto.
Mentalmente percorri
o espaço
E questionei-te
sobre o caminho
Mantiveste a venda
e respondeste
Que o caminho não
importa
Que o importante
era parecer
Que importava. O
silencio voltou a cair-nos aos pés.
O empregado serviu
a refeição
E de olhos
vendados
Continuámos a
fazer crer
Que existia um
caminho
Quando na verdade
era o abismo
Que nos esperava.
Manuel F. C.
Almeida
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