Eu não estou preso a ninguém
Nem sou propriedade privada
Nem quero que haja alguém
Que se sinta por mim agrilhoada
Cresci, envelheci e sempre mudei
Na vida nada fica imutável
Fui feliz e infeliz, quando amei,
E o prazer na vida nunca é estável
Ao sabor do vento asas soltei
Como uma gaivota em tempestade
E se na tempestade me aventurei
Sem rumo certo e sem passado
Quero que os outros possam voar
Em igualdade lado a lado
Manuel F. C. Almeida
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