segunda-feira, janeiro 09, 2017















E teimo em escrever
Linhas em branco
Sem nada para dizer
Sem nada para pensar.
Olho um corpo que passa
Junto a este meu banco
E recordo vagamente
O som das conversas
Mantidas contigo,
Quando os olhares
Se encantavam
E os sonhos voavam
Mais rápidos que a luz.
Assim é a existência dos
Amantes eternos
Dos que juram o tempo
Sem o tempo escutar
E sem que o olhar
Alcance mais que
Que um momento.


Manuel F. C. Almeida

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