Por vezes sou espelho
E sou miragem
Sou tempo que passou
E se deteve
No vento que passou
Entre a folhagem
E assim voou
Eternamente
Por vezes sou quem sou
Mas sendo outro
Ouço o cântico das marés
Dentro de mim
E sonho com asas
Que não tenho
Com a liberdade
Sem fim
Por vezes sou só aquilo
Que mim fizeram,
Ou o que de mim
Deixei fazer
E nada dou ao mundo
Que permita
Construir de mim
O que sou enquanto “ser”
Manuel F. C. Almeida
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