Farto-me com rapidez das coisas
Mundanas e dos poetas graciosos
Que fingem amar em palavras
Repetidas, gastas.
Farto-me com rapidez das pessoas
De plástico, dos sorrisos de botox,
Das lágrimas vertidas na alvura
Inocente do papel
A poesia se é vida animada
Então não pode ser só paz e amizade
Sensualidade, ou figuras
Idilicamente desenhadas
Porque se é vida então é tudo
O que vida tem
Dor, corrupção, guerra, ódio
Álcool, mesquinhez, egoísmo
Posse, vingança, morte, loucura
Insanidade
Porque a poesia é apenas e só
Um espelho cru da humanidade
Manuel Almeida
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