quarta-feira, abril 01, 2009
















Comprei uma máscara
De azul e carmim
Escondi-me do ter
Do ser e de mim
Vivi sem viver
Convencido que era
Um pobre cordeiro
Em paz e sem guerra
Mas a mão do real
De um sonho saída
Tirou-me o disfarce
Devolveu-me á vida



Manuel F. C. Almeida

4 comentários:

Sonia Parmigiano disse...

Penso que, mesmo se estando ligado permanentemente a prisão dos dias, a alma, essa sim, é liberta, e nos faz viajar sem os limites que nos é permitido.

Beijos,

Reggina Moon

Paulo Vilmar disse...

Manuel!
O real nos tira disfarces e nos remete a batalhas...
Belo poema!
Abraços!

Anónimo disse...

O que sou não aparento
finjo ser o que não sou
mudo a cada momento
e neste mudar me dou

num rodar lento lento
mais um dia se passou
e riu de contentamento
quem por dentro só chorou

outras vezes com ae sério
mas a sorrir cá no fundo
por detrás da fantasia

vivo um eterno mistério.
Neste Carnaval do mundo
mascaro minha alegria.

Manuela

Carol disse...

de fato, vc tem uma ritmicidade nos seus poemas que é de fazer inveja. e as imagens são muito beme scolhidas. gostei de verdade de você.