domingo, outubro 12, 2008





SEGREDO

FOTO BY:Isabel Gomes da Silva




Um dia vou
Mas quando for, irei anónimo
Sem nomes escritos em lápides
De nada e sem crisântemos
Sacrificados em vão.
Um dia vou deixar cair
O luar
E tudo ficará como foi.
Só um homem vai escrever
A minha memória no seu livro
E só ele saberá que fui filho e pai.
Só ele saberá que... fui.


Manuel F.C. Almeida

9 comentários:

Chapa disse...

Manel, tens de publicar a análise da situação política actual, com a tua perspicácia anarquista.

Sónia disse...

Um dia iremos todos e, por mais anónimos que alguns não queiram ir, também para eles tudo ficará como foi.

Gostei muito. Beijo

_E se eu fosse puta...Tu lias?_ disse...

Sarava!


Ai....eu não irei a lado nenhum! A menos que emigre:p


beijinhos

RENATA CORDEIRO disse...

É bom deixar aquele que saberá da sua passagem...
Um beijo,
Renata
PS: Já escrevo sobre filmes

sagher disse...

cristal, renata, se eu fosse...
obrigado pela visita

Chapa o desafio é grande, assim será a resposta

lenor disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lenor disse...

As flores morrem sempre. Podem é ter ou não uma morte natural. E ter tido uma vida normal: esperar que o pólen seja transferido para deixar sementes.
Mas chega sempre o momento em que lhes falta a seiva.
A memória genética é o melhor dos livros e com a sorte que o destino permitir, qualquer ser vivo a escreve. Penso eu de que.

Titá disse...

Excelente momento de reflexão.
Gostei e voltarei

Graça disse...

Vim agradecer a visita, mas deixei-me ficar por aqui, ao sabor das tuas palavras. Gostei muito deste teu espaço.