foto by:DDiArte
Porque colheste a flor
Que despontava num jardim
Selvagem?
Porque a trataste sem cuidado?
Que despontava num jardim
Selvagem?
Porque a trataste sem cuidado?
As flores, quando gostamos delas,
Existem para o mundo,
Não devemos coloca-las numa
Jarra de enfeite egocêntrico
Porque assim
Elas perdem as delicadas pétalas
E nós… nós
Esquecemos a beleza que tinham
Quando eram livres no seu jardim
Selvagem.
E todos os dias que passam perdem o brilho
E o desejo, no momento da colheita,
Dá lugar ao definhar nos olhos e nos sentidos.
E a morte sucede ao tédio.
E no entanto era apenas uma flor
Livre
De um jardim selvagem.
Existem para o mundo,
Não devemos coloca-las numa
Jarra de enfeite egocêntrico
Porque assim
Elas perdem as delicadas pétalas
E nós… nós
Esquecemos a beleza que tinham
Quando eram livres no seu jardim
Selvagem.
E todos os dias que passam perdem o brilho
E o desejo, no momento da colheita,
Dá lugar ao definhar nos olhos e nos sentidos.
E a morte sucede ao tédio.
E no entanto era apenas uma flor
Livre
De um jardim selvagem.
Manuel F.C. Almeida
7 comentários:
Ele colheu a flor porque houve o desejo em te-la para sempre viva e fresca e tenra e verde ao seu lado...Pena que seu desejo o cegou e matou a flor aos poucos...Agora, ela vive só nos pensamentos aprisionados dele enquanto ele viver.
Meu querido Sagher...AMEI o q li...LINDO!
Beijos e ótimo fim de semana!
Sarava!
como sempre os detalhes deliciosos;)
beijoca
FLORBELA
florzinha silvestre
singela e sem nome
à beira da estrada
em descuidados canteiros e matagais
à vista de todos e qualquer
ao alcance da mão
sem aparentes mistérios
Sagher:
Essa é a primeira estrofe de um poema sobre um flor do campo que desci do carro para admirar durante uma viagem. Eu escrevi o poema há exatos 10 anos, e agora, lendo o seu, me veio à mente. O poema é meio comprido, estava postado antes da reforma do Blog. Tenho novidades: segunda-feira volto a fazer resenhas de filmes, mas não vou mais fazer aqueles megaposts, estou muito farta disso.
Resta dizer que não colhi a flor. Deixei-a onde estava para que seguisse o seu curso natural, como deve acontecer com todas as coisas, embora o mundo contrarie essa máxima.
Um beijo e vá ao meu Blog só quando quiser, sim? Não vá obrigado.
Um beijo,
Renata
Tal como não se coloca um pardal numa gaiola porque isso é matar e não amar.
A propriedade privada é um crime e não amor.
Este é o meu aplauso para este teu poema interrogativo. :)
Neste belo poema,nas entrelinhas ,uma verdade a ser refletida com cuidado para que não se fira com o espinho. Foto e música...Divinas! Belo post amigo.
Bom domingo. Beijo
"E no entanto era apenas uma flor
Livre
De um jardim selvagem."...
Há palavras que nos marcam e o amigo tem o dom de no-las oferecer.
Abraço
Substituí flor por coração...e fechei os olhos quando me arrepiei!...
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