terça-feira, abril 24, 2007


Começava a fazer sentido o que naquela manhã eu tinha descoberto.
Abri a carta com algum nervosismo. Ela apercebeu-se e disse-me que ia fumar um cigarro. Agradeci-lhe a descrição com o olhar.
A carta era-me dirigida:
“ Amigo Manuel:
Sei que virás um dia. Quando leres esta minha carta estarei algures por esse mundo, a cumprir o meu desejo. Ser útil. Aqui nada me prende. Nada tem valor. Desculpa não me ter despedido, mas não gosto de despedidas. Só me despedi de uma pessoa, da Elouise. É um diamante, uma força da natureza. Não sei se ela sabe isso, mas eu sei. Foi a ela que confiei este meu desejo, porque sei que nunca me trairá. A nossa amizade irá sobreviver ao tempo e à distância. Ambos sabemos isso.
Deves estar a interrogar-te sobre os meus motivos. Tentarei ser sintético, racional no que irei dizer.

2 comentários:

Anónimo disse...

São raras as amizades que sobrevivem ao tempo e à distancia e que se fazem inesperadamente.Eu tenho uma assim e sinto-a como se vivida no dia a dia.
Um abraço de quem torçe todos dias por ti.

sagher disse...

paula(joias), na verdade é dificil encetar amizades por pura solidariedade e sem interesse que nao seja esse mesmo; dizer:
tenho um(a) amigo(a) algures.
beijos