quinta-feira, março 03, 2016




















Eu vi uma flor a abrir,

Como uma mão que abre

Um abismo

Ou um canto que solta

A noite

E me trás em surdina

A silhueta ténue de um rio

Onde eu bebo e me perco,

Num cálice de fogo…

Num corpo amordaçado

Pela pele,

Num ventre em leque

Onde mergulho

E me reencontro



Manuel F. C. Almeida


























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