Lançamos os corpos
Contra os corpos
Numa luta funesta
E sempre igual
Em casas onde o silencio
Se faz reino
E onde a solidão
Nos sabe a sal.
E nos quartos escondidos
Do olhar
Libertamos as estrelas
Dos sentidos
Fundimos a carne
E os espíritos
No amago de desejo
Já banal.
Manuel F. C. Almeida
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