terça-feira, julho 12, 2016





















Escrevo sobre uma tela de flores
Jardim perdido na memória
Tingido pelo sangue da história
No desejo secular de mil amores
Escrevo sobre mim e isso basta
Porque em mim tudo acontece devagar
E até o tempo do verbo amar
Em mim é tempo que se gasta
Escrevo sobre a miragem do deserto
A miragem que caminha a nosso lado
Que faz da nossa vida apenas fado
Com poemas de vida sempre em aberto

Escrevo sobre a vida que escolhemos
Ou antes que nos levam a escolher
Nos dias de ilusão em que o viver
É um espelho do que não queremos,



Manuel F. C. Almeida

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