Escrevo sobre uma tela de
flores
Jardim perdido na memória
Tingido pelo sangue da história
No desejo secular de mil amores
Escrevo sobre mim e isso basta
Porque em mim tudo acontece
devagar
E até o tempo do verbo amar
Em mim é tempo que se gasta
Escrevo sobre a miragem do
deserto
A miragem que caminha a nosso
lado
Que faz da nossa vida apenas
fado
Com poemas de vida sempre em aberto
Escrevo sobre a vida que
escolhemos
Ou antes que nos levam a
escolher
Nos dias de ilusão em que o
viver
É um espelho do que não
queremos,
Manuel F. C. Almeida
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