Naquela noite ouvi o meu peito a abrir
E provei as lágrimas derramadas
Foi num Outubro qualquer
Em que os dias cinzentos se tingiram
De negro, como a cor dos teus cabelos
E as portas se fecharam com medo
Da tormenta.
Quieto na minha loucura, escrevi
Poemas de desespero, poemas perdidos
No tempo.
E adormeci nos braços da solidão
Embalado pelas canções de Cohen e Ferré
E protegido pelo riso redentor da memória
E da vida.
Manuel F. C. Almeida
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