Eu sou a noite e o dia que
lamentam
A vida que lhes corre nos
olhos
Sou uma rajada vento e uma
tarde de acalmia
Que se unem e levantam numa
nuvem de pó
Sou o frio e o calor que nos
tomam
As carcaças esqueléticas num
arrepio
De frio e de febre
Eu sou o que sempre fui e
nunca quis ser
Vencido e vitorioso de um
mundo de enganos
Sou caminho e precipício numa
arriba qualquer
E pacientemente pinto o meu
quadro
De fugas e ilusões.
Sou tudo o que quiserem que
seja
Mas nunca saberão o que sou.
Manuel F. C. Almeida
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