Os olhos que me invadem
A pele
Que me tomam como
Abrigo
São os olhos por quem canto
Cantigas de amigo
Habitam o vento e a distância
Silenciosos no beijar
Desnudam-se na pungente
Esperança
De me ter de me tomar
Os olhos de quem ama
Sem falar
De quem, se dá por inteiro
Sem nunca se dar
De quem espera junto ao tempo
O que só o tempo pode dar
Manuel F. C. Almeida
1 comentário:
gosto bastante :)
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