quinta-feira, maio 28, 2009


















Tremes sob o peso do vento
Gritas o nome do mundo
Vives no intervalo do tempo
Morres num sono profundo

Iças, a bandeira da vida
Queimas os pulmões ao nascer
Mostras a face escondida
No momento de morrer

E vives sem nunca entender
Que o amor é uma ilusão
Um quadro pra te prender
Na galeria da paixão.



Manuel F.C. Almeida



fotoJET ...

7 comentários:

Sonia Parmigiano disse...

"E vives sem nunca entender
Que o amor é uma ilusão
Um quadro pra te prender
Na galeria da paixão."

Manuel e suas interpretações poéticas geniais sobre tudo!!!
Parabéns, sempre!!!

Abraços carinhosos,

Reggina Moon

Sónia disse...

E quase sempre é assim, cortas-me a respiração pela forma como me "obrigas" a entranhar as palavras na cabeça e no coração. É impossivel ler-te sem aprofundar e questionar mil pedaços de mim que vivem nesse intervalo do tempo...Obrigada.

Ana Camarra disse...

Meu Querido Amigo

O Amor não é uma ilusão!
O Amor tem muitas formas, a mizade é uma forma de amar.
Amo a vida, amo os meus filhos, amo um homem, já amei outros é certo, mas amo, o amor é talvez a mola mais impulsionadora qiue tenho na minha vida.
Hoje, por motivos diversos, nem sequer felizes, fui a um sitio que amo: a Serra da Arrábida, respirei fundo aquele ar, posou no meu braço uma borboleta amarela, tão amarela que doia a vista, vi aquele mar de cor unica, vi o Convento ali anichado com a Anicha por baixo.
Carreguei baterias, o sol estava quente, o alcatrão escaldava, fiquei assim só calada a amar o momento a Serra, o mar ao fundo, o som dos passaros e o estalar da árvores.
Acho que o sol amou-me também, tinhamos saudades um do outro!
O Amor é fundamental!

beijos

sagher disse...

regina, são apenas visões possiveis sobre um tema que nos afecta a todos de formas diferentes e com diferentes intensidades.

Cristal é bom saber que ainda se tira a respiração a alguém.

Ana com uma declaração de amor como a tua. Quem não vê tudo sobre outro prisma?

LuisPVLopes disse...

Com que então ainda estás vivo!

Vejo que as minas não acabaram contigo, tão pouco o calor tórrido de um Alentejo estival, nem o frio intrinseco das geadas do inverno.

Espero que estejas bem, em especial depois da intervenção à máquina, mas assim parece!

Shotokan, não conseguiste ficar com o bichinho, é pena.

As coisas evoluíram tanto desde esse tempo, agora somos os guardiões do Shotokan tradicional, sem protecções, controlo absoluto, espírito total, uma arte imortal, que jamais deixaremos ser violada na sua génese, por ambições e ambiciosos.

Aparece por cá um dia destes, não ligues muito ao blogue, ele tem um só propósito, o de pagar na mesma moeda a quem perdeu o rumo da razão e do respeito pelo próximo, só que em "Shiai Kumité" limpo e sem ossos, puro e duro.

Abraço

Dōmo arigatō

Maria Dias disse...

O amor é uma ilusão...Começo a acreditar que sim.

Beijinhos

Maria

Paulo Vilmar disse...

Manuel!
Mais uma vez perfeito e assim vamos vivendo, em galerias...
Abraços!