quarta-feira, março 18, 2009


















Tenho uma paisagem inundada de gente
Num quadro calmo e demente
UM velho homem sentado, dormita.
Algures um cão uiva e um comboio apita.
No carreiro um velho burro passeia,
Um padre de pança cheia.
Nas margens do lago, ao longe
A pescar avisto um monge.
Há duas mulheres a dançar,
Há tanta luxúria no ar.
Olho de novo a paisagem,
Afinal era miragem.

E Jesus Cristo no peito
Sempre que me dá jeito

Manuel F.C. Almeida

6 comentários:

Maria P. disse...

Era outra paisagem...

Beijinho*

Alfredo Rangel disse...

Paisagem de luxúria ou a simples pança de um padre. Só mesmo Jesus para nos salvar...
Muito interessante. Bom mesmo. Parabéns e obrigado pela amizade.

Maria Arvore disse...

Ah... confessa... tu foste com o Bento XVI a África. ;)))

Anónimo disse...

Um espaço interessante, cheio de poesia, alguma bem conseguida outra nem tanto. Mas parabéns pela forma como tem sabido manter o blog vivo. No entanto de um libertário esperava-se mais intervenção. Ou então você está-se nas tintas para tudo e para todos. Compreende-se. Não sente o pulsar desta terra, como os que cá nasceram. E tendo estado e estando ligado ao poder vigente procura manter as devidas distancias.
Tem aqui coisas muito belas, só estranho que nunca tenha publicado nada. O que não falta por ai são publicações a expensas do herário público sem a minima qualidade.

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

Tenho uma paisagem inundada de gente
Num quadro calmo e demente

Manuel F.C. Almeida, escrever este acima, somente um ser do mundo dentro de outro mundo poético, que beleza de alma, profunda.

Postei uns versos "CONVEXO", que desejava convidar para ler, estão ao meu Blog POESIAS COM IMAGENS,
Efigênia Coutinho

Anónimo disse...

um espaço mto agradável e aconchegante
.