terça-feira, janeiro 06, 2009







O aço corta o ar e corta
Os corpos.
Cego no seu caminho
É ele o vencedor único
E ultimo.
Vergados, os homens são
Predadores dos homens.
E nem se dão conta ,
Que morrem para
Glorificar um deus,
Que se esquece deles
E para servirem de repasto
Aos abutres
Escondidos, em qualquer
Grande cidade, num escritório
Com ar condicionado
E rodeado de bem nutridas
Secretarias.
O aço corta o ar e corta
Os corpos.
Disparado por pistolas
Douradas.

Manuel F.C. Almeida

1 comentário:

Alfredo Rangel disse...

E morremos todos, pouco a pouco, conscientes ou não. Dói mais para quem está consciente. Dói menos para quem está naquele escritório. Comendo carne humana...ou será que devo dizer desumana!