segunda-feira, dezembro 29, 2008



foto:DDiArte

Lá fora a neve pintava de branco os campos outrora verdes e amarelos. Aninhado na minha concha olhava o brincar do vento e admirava a diversidade presente em cada floco. Esta doce loucura a que me tinha abandonado propiciava-me momentos de serenidade indescritíveis. Era possível ouvir e sentir os elementos e a vida. A porta fez-se ouvir. Com curiosidade fui ver quem era. Era algo ou alguém. Vinha reclamar o que era seu por direito e por acaso. Dei-lhe a mão e deixei de passar tempo à espera. Olhei para o lugar que tinha-mos deixado. Caído um corpo, marcava o que eu tinha sido. E nos braços de um anjo voei, finalmente liberto de mim.

Manuel F. C. Almeida


3 comentários:

eudesaltosaltos disse...

gostei do texto. fez-me lembrar um poema de que goste muito. bj e um excelente 2009!

Peter disse...

2009

Não é fácil formular votos para o ano de 2009, numa sociedade marcada pela falta de valores humanos fundamentais e perante as perspectivas de uma crise económica, que afectará principalmente as camadas mais desfavorecidas. O meu desejo utópico é solicitar o empenho de todos, pessoas e instituições, públicas e privadas, para se superarem as dificuldades e se construir uma sociedade mais justa e mais humana.

Peter

Chapa disse...

Força na caneta. Bom 2009