quarta-feira, dezembro 03, 2008



Alentejo



foto:SAGHER



Da terra nasce o meu canto
Imitando o rouxinol
Com ela faço o meu manto,
De manhã ao por do sol.

Na minha cara vincada
Pela rudeza do vento
Vive a vida amordaçada
Pela paragem do tempo

Percorro vales e montes.
Ás estevas, pinto a flor
E entre ribeiras e fontes
Acalmo este calor

E nos segredos escondidos
Entre as montanhas e o mar
Há sempre cantos perdidos
Para um dia eu cantar

Nestas planícies sem fim
Nas terras em que me vejo
Tudo é riqueza para mim
Tudo isto é Alentejo.

Manuel F.C. Almeida

3 comentários:

RENATA CORDEIRO disse...

Isso é o Alentejo mesmo. Muito bonito o seu poema, Sagher. Gostei muito do Alentejo quando lá estive. Fui à Vila Viçosa, porque queria ir à terra de Florbela Espanca, Évora, que não poderia faltar, e do resto não me lembro.
Sabe que faço poemas também? Não sabe? Estão lá no poemas e Canções.
Beijos ternos,
Renata

RENATA CORDEIRO disse...

Sagher, estou aqui para lhe dizer que tenho mais um Blog, onde faço psotagens de poesias traduzidas por mim, publicadas em livro ou inéditas. O endereço é:
http://docesspoesias.blogspot.com
Não apaga esse recadinho, não...
Beijos meigos,
Renata

Graça disse...

Já há tempos que não passava aqui... neste seu poema ao Alentejo, consegue-se sentir a beleza dessa terra que tanto adoro.

Bom feriado.

(também li a sua narrativa... comentarei outro dia.)