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Lá fora o ar
Tem nuvens de desencanto.
O riso é agora proibido.
Os homens e mulheres
Não se conhecem
Vivem na penumbra
Da alma hipotecada
No tempo em que
Os rostos eram um arco-íris
De esperança e tudo parecia
Ser fácil.
E antes do vento ser
Tempo
E do olhar descer
À terra
Senti o assombro
Da guerra
Face fria de um
Momento
Manuel F.C. Almeida
5 comentários:
Cada vez mais nos protegemos...Temos medo de nos dar,nos entregar e sofrer.Por isso as armaduras de proteção contra o mal tempo lá fora.
Beijo
Lá fora o ar
Tem nuvens de desencanto.
E andamos, contra vontade, a respirá-lo...
Um abraço anarquista
Escreveste o espelho do desencanto pelo retrocesso que vivemos. Dantes entravam-nos casa adentro e agora fazem os mesmo pelos computadores. :(
Vocês devem estar passando por uma crise bravíssima! Aqui as coisas não estão muito diferentes. Mal se respira o ar nessa "democracia" em que todo mundo faz o que quer e que se dane o outro. Cada qual só enxerga só a si próprio e produz, com os seus carros, monóxido de carbono em quantidade suficiente para nos asfixiar.
Um beijo,
Renata
PS: Não vejo solução, aqui, nem a curto, nem a médio e nem a longo prazo. Vamos todos morrer intoxicados.
Quando voltaremos aos tempos do "é proibido proibir"?
Voltaremos? Acho que não, acho que estes políticos profissionais não merecem ter-me batido por eles.
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