EMPTY DREAM
A noite dos sentidos, chegou á beira dos olhos. Na cabeça o som de tom waiths, no seu piano demoníaco, martelava o tempo. Ao olhar, a imagem daquela lap dancer, transmutava a passividade em luxúria. O som arfante das coxas em movimento assemelhava-se ao ritmo espiritual dos tambores africanos.- Tamtam, tamtam. Tamtam, tarataratamtam.
A imagem dela projectava-se, no ar e na luz vibrante dos corpos em êxtase. A percussão dos sentidos deu lugar á percussão dos corpos. E o ritmo alucinante dos amantes anónimos libertou-se num grito profundo de prazer.
Na casa onde não vive ninguém.
Manuel F. C. Almeida
7 comentários:
Gostei da forma envolvente q descreve este amor vazio...
Beijinhos
Crika(Maria)
Maria(Crika)
Crika
Maria
Faltou dizer que a imagem e a música emolduraram muito bem o belo texto!
O orgasmo liberta, mesmo que seja no vazio, mesmo que ninguém o esteja tendo.
Comento os seus poemas, moço, porque vc é um grande poeta, mas não lhe vou esconder a mágoa que tenho em meu coração por vc não aceitar a minha oferta.
Renata Cordeiro
Tenho vontade de te matar!
RENATA
vc disse mágoa?
eu leio ódio,
matar? porquê?
quem começou por falar em levinas acaba assim?
prefiro o velho kant
nao é tao perigoso
Desculpe-me, Sagher, não tenho vontade alguma de matar ninguém. Esqueça tudo isso. Não tenho ódio. Só fiquei chateada, mas passou.
Um beijo, querido,
Renata
Fiquei todos esses dias esperando que você fosse ao meu Blog comentar sobre o post que dediquei a você e ao poeta Mauro Rocha. Como voc^não foi, eu lhe contei a minha mágoa e hoje resolvi mudar de post. Mas eu não queria que você fosse ao meu Blog por sentir-se obrigado só porque lhe manifestei a minha mágoa. Queria que fosse espontaneamente. Já estou chorando.
Renata
Enviar um comentário