quinta-feira, agosto 16, 2007







Filho







Sei que caminhas aqui, a meu lado
E eu a par de ti, a proteger-te.
É certo que ficarei sempre mais velho
Mas tu também.
Seremos cúmplices no teu assalto à vida
e cúmplices no cumprir do meu tempo.
Resta-nos um não sei quê de sentidos
E a vivência dos dias por abrir
Num longo acontecer.
O meu tempo é o teu tempo,
Mas o teu tempo é só o teu tempo.



Manuel F.C. Almeida

2 comentários:

Anónimo disse...

obrigado por seres quem és e por seres como és .

Fátima disse...

É muito belo presenciar a manifestação do amor entre pais e filhos, e raro, principalmente se forem homens. Porque a estes é ensinado que a ternura e o amor, são "fragilidades" que não se podem dar ao luxo de demonstrar aberta e publicamente.
Quantas vezes vimos partir aqueles que amamos sem nunca lhes ter dito como foram importantes para nós, porque não soubemos como lho dizer, ou achamos que não era necessário, por ser tão óbvio.
É sempre importante e é sempre necessário. Para quem o diz, o coração fica mais leve, para quem recebe fica cheio, como se na realidade algo invisivel passasse de um para outro .
Beijos
(Maria Papoila)