segunda-feira, julho 30, 2007













Foto by: MARIAH




Matas-te a solidão sem o saber.
Esperava por ti na penumbra
Do teu quarto, de onde te olhava
Sempre que chegavas assim,
Célebre e tristemente só.
Podias então esconder o sorriso
Que colocavas ao sair.
Ela lá ficava…imóvel junto à porta
De flores na mão.
As flores, que sonhavas receber
De umas mãos que não as suas.
E ela sabia que um dia teria de partir.
Gostava de ti, mas por isso mesmo
Teria de morrer.
Quando descobriste que no espelho
Do teu quarto eras tu que ali vivia,
Mataste-a...
Voltas-te a ser quem és.



Manuel F. C. Almeida

2 comentários:

Dhyana disse...

... porqué que ela escondia o sorriso que colocava depois ao sair?
porqué que o gostar significava morrer? O que significarão as flores?
São perguntas que este teu belo poema me fez.
Fiquei curiosa para saber mais da "personagem".
... adoro quando os poemas me fazem isto.
Amei a imagem. Linda!
Beijos...

sagher disse...

que espirito filosófico dhyana sempre a questionar.

obrigado pelas visitas .
beijo