terça-feira, julho 03, 2007





foto by: António Manuel Pinto da Silva









Imagina-me no teu tempo;
Quando te dei um anel de jade
E te pintei as mãos com incenso
De mar.
Eu descia sozinho as escadas
Do rio e tu...
Tu surgiste vinda do nada
Com um leve caminhar
Difuso e a altivez das aves
Selvagens.
Não te pude ver o olhar,
Encerrado que estava num castelo.
Mas apreciei o teu gesto de filigrana,
Quando me tugiste a alma
Com o espelho dos teus olhos,
E me deste um motivo
Para voltar a sentir a centelha
Do caminho.
Um caminho que de tão longo
Me parecia não ser caminho.
E no tempo que vive um olhar,
Uma luz incendiou-me
O espaço e o tempo, numa explosão
De cor, onde os flamingos se espraiaram
E se entregaram aos deuses.
É!.. foi o tempo de perder memórias,
De despir o fato pesado da aparência
E me transfigurar na minha pessoa.


Manuel F.C. almeida

7 comentários:

Anónimo disse...

É Bom quando alguém assim entra na nossa vida!
È Bom quando alguém tem essa capacidade!
A de nos transfigurar em nós próprios!
Gostei muito!
T

Anónimo disse...

Este poema é particularmente belo, tão belo que qualquer palavra parece superfula.
Beijos.

Anónimo disse...

T, PAPOILA obrigado pelos comentarios. por vezes existem momentos de magia que guiam as nossas maos e nos levam a escrever coisas que outros gostam,
obrigado

Anónimo disse...

Quando as mãos são guiadas pelo coração, acontece magia! ;)

Beijo

(Maria Papoila)

T disse...

É verdade, não são só momentos de magia, é muito mais!
Concordo com a Papoila!
É preciso um coração com magia!
T

Anónimo disse...

EU DIRIA MAIS...UM CORAÇÃO CHEIO DE AMOR!!!
ABRAÇOS

Anónimo disse...

papoila, Teresa (T) (finalmente sei o que significa), Paula (jóias) a todas o meu muito obrigado. pessoalmente é também um dos poemas que escrevi e que mais gostei.
a todas um beijo