foto by:Paulo Penicheiro
Entrámos num lugar rústico. Agradavelmente decorado com materiais da região. A dona de imediato cumprimentou a Isabel e a Elouise. Indicou-nos uma mesa e por artes mágicas fez surgir uma travessa com queijos e enchidos da região. Olhei para tudo e não consegui evitar uma sensação de revolta. Afinal eu não podia comer nada daquilo e o aspecto era magnífico.
- Em que pensas – perguntou a Isabel
- Em nada de especial, nas minhas limitações.
- Mas que tem? – Perguntou a Elouise.
De forma breve resumi a minha história clínica, que infelizmente não é famosa. Estava a meio da história quando, para espanto meu, a senhora me traz um bom peixe grelhado e para as senhoras umas boas migas com entrecosto de porco preto. Era injusto mas fiquei espantado. A Isabel explicou-me que tinha tomado a liberdade de encomendar peixe para mim. Era uma delícia. Aliás ambas eram uma delícia mas não mais que isso. Eu estava a viver um drama enorme. O trabalho que me propunha fazer estava feito. Era só elaborar um relatório e podia partir. No entanto apetecia-me ficar ali mais uns dias. A companhia da Isabel era tão agradável. Sabia que não era mais que isso. Mas sentia-me em casa quando estava perto dela.
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