
foto Francisco Benveniste
Chegamos, fomos os primeiros à excepção do rapazola que tinha levado as bofetadas.
Veio cumprimentar-me meio desafiante, meio receoso.
- Bom dia professor, então domou a fera?
Olhei o rapaz e não consegui reprimir o asco que me deu.
- Olhe desculpe, mas refere-se a quem? Há mulher que lhe deu uma bofetada devido á sua atitude de criançola? Se é a ela que se refere fique a saber que foram muito bem dadas. Por outro lado e sendo já adulto na aparência, porque se refere a uma mulher como se fosse um animal? Por ultimo, só uma cabeça doentia pode insinuar que conhecer uma mulher tem como fim “ doma-la”. Não sei quem você é. Nem a sua idade mas infelizmente reparo que em matéria de comportamento você é do pior que conheço. E acredite, conheço muita gente medíocre e pequenina como você! – Retorqui, sem lhe apertar a mão que tão solicitamente me estendia.
A Isabel cortou o ar gélido que se tinha formado. E arrastou-me para o seu escritório.Estava indignado. Como era possível que gente com formação superior tivesse aquele tipo de comportamento? Onde se tinha perdido a noção de excelência que era suposto a universidade transmitir? Tínhamos perdido tudo. O saber, o amor ao saber e a capacidade de respeitar o próximo. Afinal em que mundo vivíamos? Uma selva de ignorantes
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