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Luna Alba
- Se quiser almoçar connosco terei todo o prazer em a convidar – disse eu – e simultaneamente poderei fazer-lhe algumas perguntas sobre o meu amigo.
Os seus olhos ganharam vida e foi sem surpresa que a ouvi dizer
- Terei todo o prazer, isto é se não existirem objecções – e olhou para a Isabel. Esta corou um pouco mas depressa respondeu:
- Claro que ficas, vamos almoçar a um local lindo, perto do rio. Tu conheces ele é que não. Olha, agora tenho de ir. Deixo-vos sozinhos. Tu vê lá nada de seres abusador – simultaneamente soltou uma ruidosa gargalhada como só ela o fazia.
Fiquei só com ela. Confesso que estava um pouco intimidado, desde há algum tempo que ficava assim quando me via junto a mulheres mais jovens. A idade prega-nos destas partidas.
- Estava aqui a mexer nas coisas do Rodrigo na esperança de encontrar algo que me dissesse onde poderá estar se é que está vivo – disse eu.- Acredite que ele está vivo, não tenho dúvidas disso, resolveu deixar a vida que tinha e partir para outro mundo, outra realidade. Estava sozinho, não tinha ninguém e estava farto da nossa sociedade. Não ficava admirada se o soubesse em África ou em qualquer outro local do mundo. Um local onde se sentisse útil e onde encontrasse sentido para a sua vida. – Disse ela
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