terça-feira, novembro 08, 2005

A DEMOCRACIA OU ANTES A DITADURA DA MAIORIA

Leitor atento de matérias que digam respeito à liberdade de cada um e ao afirmar da sua personalidade, não deixei de reparar nas noticias sobre o arquivar de um processo referente a queixas apresentadas por uma aluna contra as praxes académicas.
Em 1º lugar quero endereçar a todos os que se negam a tais praticas o meu profundo reconhecimento e agradecimento. O facto de existirem e de lutarem pelo direito à diferença encerra em si mesmo a demonstração de muita inteligência e de muita capacidade analítica. No entanto fico sempre espantado com a posição complacente dos poderes instituídos ( reitorias, conselhos directivos, policias, juizes, pais e forças de segurança) já que tais práticas mais não visam que o humilhar do “outro” retirando-lhe o direito à condição humana e condenando-o a ser apenas e só mais um animal do rebanho, sem personalidade própria e, mais grave ainda, procurando moldar a sua personalidade através de uma pratica mesquinha, irracional, cruel e profundamente injusta.
Espanta-me pois o facto de uma queixa apresentada por uma aluna ser tratada com a ligeireza com que o foi. Isto apenas prova que a cultura não se ganha nas escolas, é um processo interior de descoberta do mundo, um processo activo e acima de tudo uma afirmação de liberdade pessoal e de respeito pelos “ outros”. Infelizmente os que advogam as praxes académicas ou outras quaisquer apenas revelam a sua face mais mesquinha e a sua incapacidade de viver socialmente sem a canga do peso das hierarquias.
Viva a consciência de ser livre.

sagher

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