sábado, novembro 27, 2004

recordar a loucura de uma prosa

livre


Os dias correm cinzentos como a côr dos tempo. No ar, latidos de um cão abrem brechas na apatia geral. Aqui ao lado uma garota de 15 anos pariu. Que fazer? Olhar em frente. As noticias garantem que a guerra está a chegar. Estranho! Todos os dias me levanto em guerra com o mundo. Ao meu vizinho cortaram-lhe as mãos. Ali em frente salvaram um homem com lixo nuclear. E uma pomba teima em querer pousar no meu dia cinzento. Desenho sonhos coloridos a três dimensões. As dores não me abandonam.. Levanto-me e passo os dedos pela púbis Aveludada da minha amante. Estremece de desejo. Que vida fodida. Já me fizeram cinzento também. Pintaram-me a alma e o espírito. Só o desejo de possuir as fêmeas que me agradam Transforma os dias em algo menos entedioso. Televisão concursos riqueza. É isso! Riqueza e hamburgueres a cheirar a ranço O motor do mundo está no baixo ventre. De lá saímos e para lá queremos voltar, Dormir descansar, saciar a fome. Que vida fodida. Conheci uma garota de mamas grandes e mamilos negros que me adorava. No meu quintal um casal de pardais, Teima em fazer o ninho. O meu vizinho ficou sem pernas! Cortaram-lhas ao sair do trilho . Um emprego. Isso um emprego. Ganhar miseravelmente, viver miseravelmente. Pintar as résteas sãs do meu espírito podre com a Côr cinzenta dos acomodados, pessoas de bem, Respeitáveis, com tv cabo Carros de último modelo E colecção de moedas. Ter juizo! Não foder a filha dos amigos que Com 15 anos dizem não ser ainda mulher Apenas filha dos amigos. Que vida fodida. O som dos latidos do cão começa a incomodar-me. Que bicho filho da puta! Sem dono, sem regras Livre! Que merda de vida o cabrão do bicho é livre. Também eu sou livre. Aqui

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