quinta-feira, março 24, 2016






















Já o canto do teu corpo me adormece
E o sabor dos teus beijos está ausente
Tudo o que é vivo um dia falece
E da renovação da vida se faz o presente

Já dos versos do olhar eu me esqueci
E o cheiro do teu ventre é só memória
E se o resumo da vida foi escrito em ti
É agora apenas uma página de história

Por isso luto pelo acordar da vida
Que em mim pulsa como um coração
E leio os dias e noites como partida
Para algo novo, vivo, com tesão
Porque a terra mágica prometida
Se não cuidada e alimentada é ilusão.


Manuel F. C. Almeida

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