quinta-feira, janeiro 16, 2014

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Nunca chores um amor que partiu
Porque outros amores irão surgir
E se alguém de ti fugiu
Outro alguém te fará sorrir

Viver é um encandear de acasos,
Um enfrentar de esquinas ao virar
Uma surpresa em todos os passos
Que damos neste caminhar

Por isso não chores o passado
São só pétalas de eternidade,
Faz da vida um poema, um fado
E abraça sempre a liberdade.


Manuel F. C. Almeida

domingo, janeiro 12, 2014
















Chega-te a mim
Quando te sonho
Agarra todos
Os olhares vazios
Tenho tanto de nada
Que podes levar
Um pouco de mim
Guarda-me numa
Caixa bonita
Forrada com papel
De um qualquer jornal
Assim quando um dia
Me retomares sempre
Terás algo a ler.
Manuel F. C. Almeida

sábado, janeiro 04, 2014



Ergo-me nos ombros
De gigantes
Na cidade adormecida

E as luzes que me ofuscam
Indicam-me o caminho
Ao centro das coisas

Lá talvez encontre
A resposta para todas
As perguntas por fazer.


Manuel F. C. Almeida

sábado, dezembro 28, 2013



O desejo não é feito de palavras
Nem de intenções que se criem
Nos olhos
É algo que cresce ao som da pele
E se reclama nos dedos e nos lábios.
Aspiramos no outro,
A vontade que se dá em crescendo
Às aguas de um rio que
Em nada se detém

O desejo é uma fonte de águas
Límpidas e turbulentas
Do qual a razão está refém.


Manuel F. C. Almeida

terça-feira, dezembro 24, 2013

Musica
















Conhecer as notas
De dó a dó e todas
As outras.
Ouvi-las vezes sem conta,
Em milhares de tempos
E variações
Retomá-las, dá-las
Ao mundo.
E que o mundo crie
Novos tempos
Novas canções.

Manuel F. C. Almeida

sábado, dezembro 21, 2013















Tudo se passou num corredor sem fim

De um lado vidros, do outro

Imagens passadas.

De um lado o tempo presente

Do outro o tempo passado.

Ao fundo duas portas

Meio abertas

Ou meio fechadas.

E nós caminhávamos

Lado a lado

Com o olhar preso em frente

E os dedos das mãos entrelaçados

Num anuncio de amor que não

Se explica.

E parámos junto às portas

E olhámos nos olhos do outro

E escolhemos cada um a sua porta

Hesitámos um pouco mais

Tudo o que se seguiria seria

Para sempre

E eu nunca gostei de nada

Para sempre

É sempre tempo demais

E as imagens começaram a perder-se

E pelos vidros vi o temporal lá fora

Beijei-te as mãos

E segui o meu caminho

Para sempre

Sabendo que só a morte é para sempre.



Manuel F. C. Almeida

quarta-feira, dezembro 11, 2013

















Recordo da infância
As gaivotas e os poemas
Do Tejo
O cheiro a brisa do mar
De um local que pouco
Vejo

As gaivotas, sei que escrevem
Os seus poemas
A brisa, sei que esconde
Os seus segredos

E o Tejo que pouco
Vejo
Vai voltar a abraçar-me
E resgatar-me
Do medo.


Manuel F. C. Almeida












sexta-feira, dezembro 06, 2013





















Procurei-te na madrugada
Dos tempos
Nas folhas caídas
Da memória
No canto infindável
Das aves
Nas palavras e letras
Que devagar
Soletrei

Mas tinhas partido
Nas asas de um vento qualquer…
De um vento que não encontrei



Manuel F. C. Almeida

sábado, novembro 30, 2013















Toda a poesia que escrevo
É envolta de silêncios e mistérios
Ficará depois de mim eternamente
Presente, sem código para a decifrar
Sem espaço onde viver
Sem sonhos para cantar
Serão apenas as palavras
De quem se recusa a morrer
Acompanhado.

Manuel F. C. Almeida

terça-feira, novembro 26, 2013


















Passa o tempo
E outro tempo
Vai passando.
Faz-se do sonho
Um engano,
No tempo que a gente tem.
Dia a dia vai
Passando,
O tempo que nunca
Se alcança,
Ficam apenas na
Lembrança
Os dias em que o viver
Nunca deixava que tempo
Passasse sempre a correr.


Manuel Almeida

domingo, novembro 17, 2013



Tenho um caminho secreto


De giestas e loendros

Nas margens do teu olhar

Tenho um caminho secreto

Que desenhei no teu corpo

Numa noite de luar.



Manuel F. C. Almeida

quarta-feira, novembro 13, 2013

INTERLUDIO POÉTICO




Regresso a ti

Neste desejo que me impele

Na procura dos teus lábios

No encanto dos teus seios

No espasmo do teu ventre

No perfume do teu sexo

Regresso a ti

Em cada canção escrita

No vento.



Manuel F. C. Almeida

quinta-feira, novembro 07, 2013

O segundo da série não aconselhável



Ode às gajas boas e de boas mamas.



Sentei-me e pedi algo para beber. Uma tipa boa e de mamas tesudas trouxe-me uma cerveja. Bebi-a de um trago. E a tipa boa e de mamas tesudas sempre a olhar para mim. Gostei da atitude dela. Um gajo gosta sempre de ser o centro das atenções de gajas. Em especial se tiverem tetas grandes. E não me venham com conversas de merda, sobre o machismo e o meu modo de avaliar as gajas. Porque quase todos pensam como eu. Salvam-se os paneleiros, os papa-hóstias ( e não são todos) e aqueles jovens a quem a educação maternal limitou a honestidade animal e mesmo esses acabam por se libertar e um dia olhar para uma gaja e dizer ou pensar

- Que belo par de mamas.

Eu sei que as gajas não gostam de ser olhadas assim. Querem que as tomem por algo sério. Mas existe algo mais sério que a honestidade dos instintos? Ou acaso não pensam elas o mesmo quando olham um gajo que lhes enche o olho e as medidas?

Pois nós agora somos “ seres sociais” empenhámos o que somos a troco da vida miserável que nos dão, cheia de leis e regras de comportamento. Porque a espécie tem de obedecer às regras da vivência em grandes comunidades chamadas nações. Mas no segredo do seu pensamento só a castração cultural nos impede a liberdade. E eu gosto de gajas boas e de mamas tesudas a olharem para mim. Dão-me tesão. E a elas que lhes dará tesão?



Manuel F. C. Almeida

sexta-feira, novembro 01, 2013

1º Poema ( ou tentativa) de uma série pouco recomendada a seres muito sensiveis



Outra face, outra viagem


Outro corpo, outra massagem

Casa de banho, chinelos

Um pijama, um roupão

Uma cona com cabelos.

Outra mão.



Uma cama preparada

Uma mulher desvairada

Um toque nas mamas

Um sexo molhado

-diz que me amas…

-Só o quero entalado



Perdi o tesão

Não fazia sentido

Ser um vibrador

Privativo.



Olhei-a de lado

E sem nada a dizer

Agarrei-lhe a cabeça

E pu-la a lamber.



Afaguei-lhe os cabelos

Apertei-lhe os mamilos

Olhou para mim

Enquanto chupava.

Quase me vim

Enquanto a deixava.



Virei-a de costas

Apontei-lhe o sardão

- nem penses nisso

Meu grande cabrão.



Mal ela falou e sem piedade

Empurrei o pilão cheio de vontade

Ouvia-a gritar;

- meu filho da puta agora não pares.

Dei-lhe umas estocadas

E sem me deter

Ouvia gritar

- tu pões-me a arder.



E num arrepio que não tinha fim

Disse-lhe ao ouvido

- já me vim.



Limpei o caralho ao lençol.

Olhei a janela.

 Lá fora

Estava um dia lindo de sol.



Manuel F. C. Almeida

segunda-feira, outubro 28, 2013




Vinquei o vivo da cor

Numa onda de sentir.

Flor de areia com odor

Chama solta a sorrir

Numa fogueira calor

Num beijo a descobrir



E se libertares os instintos

Serás uma planta a florir.



Manuel F. C. Almeida



domingo, outubro 20, 2013





















Procurei-te nos cantos
Escondidos da memória
Nas palavras livres
De um qualquer poema
Sem nome
E no fim tu já não estavas
Tinhas partido
Na bruma dos dias
E na penumbra
De um inverno
Esquecido.


Manuel F. C. Almeida

domingo, outubro 13, 2013





















Percorri o trilho
Do teu ser
Nos versos ondulantes
Da maré
Mas foi em vão o caminhar
Por entre estrofes
Que se escondem do olhar

Porque há nos teus olhos
Um mundo encerrado
Do mundo.


Manuel F. C. Almeida

quarta-feira, outubro 09, 2013


Nesta vertigem de fogos

Corporais

A sede mata-se nos

Lábios

Quando deles brota o

Néctar

Que nos convida a tomar

Os corpos

Ao som de violinos

Naturais

Que os sentidos têm como

Sábios.

No momento em que o prazer

Faz encontrar

A certeza que no fundo

Não somos mortos.



Manuel F. C. Almeida

domingo, setembro 29, 2013



Solta o medo


Não o cales

Não deixes que

Ocupe os espaços

Da alma.

Esse é o teu território

O teu segredo.

Não deixes que o tomem

De assalto

E grita, grita sempre

Bem alto

Que um homem só

Se faz homem

Quando levanta a cabeça

E num grito de coragem

Liberta o medo

E solta no mundo

A liberdade.





Manuel almeida