Os silêncios escondem as palavras
Que se gritam no interior da mente,
Que prefere adiar e calar o nada
Como se a vida não existisse.
Os silêncios não mentem,
Tal como o olhar que evita o encontro
E o embaraço cristalino das águas,
No dançar das palavras mudas.
O silêncio invade o espaço
E mantem os momentos em suspenso
Como se brincasse no ar…
Até ao momento em que explode
Em mil pedaços de desespero
Manuel F. C. Almeida
4 comentários:
Olá, Sagher, meu novo amigo!
Encontrei, casualmente, o seu blogue e decidi vir dar uma olhadela, isso mesmo, não passou de uma vista de olhos, sim, porque os olhos precisam de vistas, mesmo que silenciosas sejam.
Devido à tipo/forma, que escolheu, aquando da criação do seu blogue, pra deixarmos comentários, não é possível estar a escrever e ir lendo, simultaneamente, a sua bela escrita, com punho, com saber, mais "Avec le temps" (nome de uma extraordinária e imortal canção) tout est possible.
Gosto dos poemas que li aqui, que não são, nem eruditos, nem complicados, sociais, são o seu peito falando disto e daquilo, e no silêncio encontramos perguntas e respostas de ouro.
Um abraço com tempo e um dia muito feliz.
agradeço as suas palavras, na realidade escolhi este nome para o blog em homenagem a essa fantástica canção de leo Ferre, uma das canções da minha vida.
Nada mais sonoro que o silêncio... Parabéns!
Muito obrigado pelo comentário. Na verdade assim é.
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