terça-feira, julho 04, 2017















Procura-te onde estiveres
Sem receio de te olhares
Ou de cair e soltares
Esmeraldas nos olhos.
Procura-te sem te traíres
Procura ser o que és
Sem que deixes os outros
Tomem o teu mundo.
Por vezes dói, por vezes dóis
Mas por vezes é preciso matar
O passado, sem matar as gentes,
Dar-lhe um beijo de despedida
E desbravar outros mundos
Que sentes serem teus, só teus

E se no caminhar colheres uma rosa
Ou um lírio
Guarda-os no coração, tal como guardas
As lembranças
Mas não te demores porque à tua espera
Estará sempre um caminho por entre
As nuvens…
Um caminho que é só teu,
Desenhado por ti
E que deves seguir
Porque pior do arrependimento de ter agido
É o arrependimento de não ter vivido.


Manuel F. C. Almeida

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