Nada tenho, nada quero
Nem bens materiais
Nem valores morais
Só a liberdade tem peso.
E se um dia peço
Pra ser entendido.
E os dedos em riste
Teimam em me apontar
Culpas que não tenho
Porque culpa não sinto.
Agarro um lírio
Tomo-lhe o cheiro
Olho com simplicidade
O passado,
Retomo o meu caminho
Como se ave fora.
Mas jamais viverei
Na gaiola que me estendem.
Entre sorrisos e lençóis
De linho bordados
Onde mora o hábito
E o medo habita.
Manuel F. C. Almeida
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