sexta-feira, março 24, 2017


















E um dia mostrei-te a alma
Despi-me de murmúrios
Do passado
E tu foste o meu farol
Num oceano fustigado

De seguida despi a alma
Essa mesmo que tocaste
Levemente
E sem ela caminhei
A teu lado, lentamente

E foi sem medo e sem alma
Que enfrentei o Oceano
Da incerteza
E mergulhei na intempérie
Da tua certeza

Resgato hoje a minha alma
Levo-a pró meu
Abrigo
Vou pinta-la com mil cantos
E mil poemas de amigo



Manuel F. C. Almeida

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