domingo, abril 03, 2016
















Naquela noite ouvi o meu peito a abrir
E provei as lágrimas derramadas
Foi num Outubro qualquer
Em que os dias cinzentos se tingiram
De negro, como a cor dos teus cabelos
E as portas se fecharam com medo
Da tormenta.
Quieto na minha loucura, escrevi
Poemas de desespero, poemas perdidos
No tempo.

E adormeci nos braços da solidão
Embalado pelas canções de Cohen e Ferré
E protegido pelo riso redentor da memória
E da vida.


Manuel F. C. Almeida

Sem comentários: