quinta-feira, fevereiro 04, 2016





















Eu vi abrir o
Verso desalinhado
De um tempo sem tempo
Num sonho agitado
Pela magia dos corpos
Em pétalas que se soltam
E caem, como a neve nas ruas
Da cidade febril
Da cidade sem rosto
Da cidade adiada.

E só o corpo é existência
Nas estrofes de um
Poema imaginado
Por um poeta louco, maldito
Por um amante adiado no tempo
Sem face e sem alma

O poema é uma construção
Do teu ego 
No qual tu és centro
E o motor de tudo
E quando acaba de ser escrito
Há sempre algo de novo a escrever

O algo é como o amor
Vive dentro de ti e para ti
E só se resolve no momento
Em que se dá ao mundo....
No momento em que és livre.



Manuel F. C. Almeida

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