terça-feira, dezembro 29, 2015















Os olhos que me invadem
A pele
Que me tomam como
Abrigo
São os olhos por quem canto
Cantigas de amigo

Habitam o vento e a distância
Silenciosos no beijar
Desnudam-se na pungente
Esperança
De me ter de me tomar

Os olhos de quem ama
Sem falar
De quem, se dá por inteiro
Sem nunca se dar
De quem espera junto ao tempo
O que só o tempo pode dar


Manuel F. C. Almeida

1 comentário:

Bia disse...

gosto bastante :)