sexta-feira, maio 01, 2015























Eu conto
Da vida uma promessa
Nos limites sombreados
Da claridade que me cega
E me encontra assim…despido
Como árvores no Outono.

E cego fico, porque não vejo
Mais que o querem que veja
Neste emaranhado de túneis
Putrefactos
Em que mergulharam a vida.

E deixo que as horas se percam
Nos dias que acontecem
Iguais
No silêncio do desespero
Amordaçado, num ímpeto
Que não se ergue nem se altera
Antes se queda derrotado
Com o olhar vazio de esperança.


Manuel F. C. Almeida

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