sexta-feira, fevereiro 21, 2014



















Nunca escrevo poemas de despedida
Porque todos os poemas são lugares
De chegada e de partida
Lamentos de almas que se quedam sós
Palavras e rimas que desatam
Nós
Nunca escrevo poemas de despedida
Porque as palavras nunca dançam sozinhas
E porque as frases são espelhos de vida
Retratos fixados nas linhas do tempo
Momentos parados, gritos de
Lamento

Nunca escrevo poemas de despedida
Mas todos os dias, desenho em poemas
O caminho, ignorado, da inevitável partida.



Manuel F. C. Almeida

Sem comentários: