Sentir os tempo ocos
O prenhe dos campos
E adormecer na manhã fria
As mãos e as palavras
Quatro pontos cardeais
Quatro cardeais perdidos
A esperança que se não tem
Nem nos campos mais floridos
Olho as plantas que despidas
Não têm moral ou pudor
É assim que são sentidas
Num sentimento sem dor
E nuas se dão vestidas
Os lábios roubaram-lhe a cor
Num qualquer corpo que se perde,
Um desejo multicor
E o querer que se reprime
Descobre um dia por fim
A liberdade em valor
Manuel F. C. Almeida
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