domingo, setembro 15, 2013




Sentir os tempo ocos

O prenhe dos campos

E adormecer na manhã fria


As mãos e as palavras

Quatro pontos cardeais

Quatro cardeais perdidos

A esperança que se não tem

Nem nos campos mais floridos


Olho as plantas que despidas

Não têm moral ou pudor

É assim que são sentidas

Num sentimento sem dor

E nuas se dão vestidas


Os lábios roubaram-lhe a cor


Num qualquer corpo que se perde,

Um desejo multicor

E o querer que se reprime

Descobre um dia por fim

A liberdade em valor


Manuel F. C. Almeida

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