domingo, setembro 08, 2013

Que terei de tirar mais de mim

Para indicar que nada sei

Se as duvidas nunca terminam

Que será de mim, que farei?



Olho em frente e o que vejo

São tantas gentes diferentes

A apontar-me horizontes

De futuros e de presentes

Sempre inflamados pelas certezas

Dos seus infalíveis caminhos

E eu na duvida que me consome

Lá vou dando os meus passinhos

Porque o sol não vai morrer

Nos anos de vida que espero

Deixai-me ser como sou

Pensar aquilo que quero

Lutar se for tempo de agir

Amar se for tempo de amar

Mas não me apontem caminhos

Não me queiram doutrinar.



Porque aceitar como certo

Qualquer que seja a razão

É transformar o pensar

Em simples religião.



Manuel Almeida



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