domingo, agosto 11, 2013



















Tudo o que se assemelha
A um sinal de vida
É a descoberta das
Amarras guardadas
Num baú
Algures no mundo
Num local secreto onde
Pulsam os temores e os amores
E onde o sangue teima em pulsar
Num erotismo da pele
Com sabor a oceano.

A brisa é fresca e
Os muros erguidos são paredes
De velhas casas.
Paredes grossas onde a musica
Se faz ouvir suspensa da memória
De quem abraçaram.
Das trombetas de Jericó
Às liras de Roma
A toda a música se dão corpos.
Amantes esquecidos dos vivos;
Amantes da história

Sem medo abri a porta e tomei
O tempo
Sem medo fiquei só
Aos pés do mundo e da memória
Eterna dos amantes


Manuel F. C. Almeida

Sem comentários: