sábado, abril 06, 2013






















Nos meus olhos ávidos

P’lo teu ser

Reina a lascívia própria

Dos humanos

Feita de sonhos e escuridão

Amálgama secreta

Dos silêncios

Sem culpa ou moralidade

Sou pois um arremedo

De ave

Que nos céus se diverte

Com o vento

E olha o mundo sem

Grades

E sem barreiras à

Liberdade

Uma flor rara e selvagem

Que teima e ocupar

Os espaços livres

Das dunas,

E se protege

Dos olhares implacáveis

De quem vive com dedos

Apontados ao mundo.


E no interior de cada hora

Aspiro a ser aquele

Que chega e se

Demora.


Manuel F. C . Almeida

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