Eu pertenço a um outro país que não o vosso, a um outro quarteirão, a uma outra solidão LÈO FERRÉ
terça-feira, novembro 13, 2012
Toda a poesia é inócua.
Gosto de ler poesia,
Daquela poesia que fala do amor
Imaginário e que nunca acontece.
É sobre esse amor que gosto de escrever.
Delicio-me a descrever com palavras
Belas a beleza oculta e imaginária
Dos corpos, a excelência dos sentidos
O êxtase do encontro. Geralmente
Alguns leitores vestem a máscara social
E aplaudem, dizem ser belo e outras
Coisas do género. Raramente algum é honesto
Na verdade é limito-me a escrever sobre merdas
Que não existem, e a deixar escondida a
Minha real intenção.
A poesia é fodida.
Os poetas querem a alma do mundo e
Ter uma desculpa para não falar.
Manuel F. C. Almeida
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4 comentários:
Não sabes quem veste 'a máscara social', não sabes quem é sincero e quem o não é...eu pessoalmente gosto das 'merdas' que normalmente escreves, mesmo que não sintas as palavras eu interpreto-as, transformo-as à minha maneira, à minha medida...tudo é relativo, afinal de contas!
1 bj
Afinal de contas o autor está morto no momento em que alguém o lê.
bjs
De certa maneira sim, mas a sua imortalidade, a partir do momento em que escreve, é inevitável...
1 bj
Eu também gosto das "merdas" que escreves independentemente de serem reais ou não, e não digo que é belo o que não acho belo.
De qualquer modo Manuel e apesar de o poeta ser um fingidor, a poesia que escreve também o identifica
Bjs :)
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