Nada existe nas contas do rosário
que guardo na raiz do meu sangue.
Só o tempo molda os deuses
E os devolve em barro
Cozido e seco, misturado com
Os gritos de muitos homens
Em sacrifícios estéreis
O bem e o mal são faces estranhas
De todos nós e do nosso medo
Para com a vida e a liberdade.
Manuel F. C. Almeida
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