quinta-feira, maio 03, 2012

















Toda a gente que me lê
Lê outro mas não lê
Aquele outro que eu sou

Porque cada um de nós ao ler
Liberta aquilo que lê
Das garras de quem escreveu
E dá a cada palavra
Um sentir de novidade,
Um sentir que é só seu.

Assim, tu que me lês,
Nada vais saber de mim
Porque tudo aquilo que lês
Não é nada do que sou
Mas é tudo o que projectas de ti.

Manuel F. C. Almeida

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