Havia algo de errado
Naquela tarde sem fim
O tempo tinha parado
E não passava por mim
Caminhei ao longo da estrada
Que desenhei no papel
E fui encontrando no nada
As palavras que perdi
Nos dias em que procurava
O teu odor a jasmim.
Uma a uma as juntei,
Num feixe de sentimentos
Tentei encontrar o sentido
Naquelas palavras perdidas
Mas tudo parecia trocado
Eram já só sedimentos.
E o tempo teimoso, parado
Deu-me então a recordar
Os dias em que ao correr
Soletrava o verbo amar.
E vi tudo envelhecer
E vi as aves voarem
Só não encontrei nos teus olhos
Aquela centelha de luz
Que transforma a noite no dia
E faz o tempo avançar
Manuel F. C. Almeida
Naquela tarde sem fim
O tempo tinha parado
E não passava por mim
Caminhei ao longo da estrada
Que desenhei no papel
E fui encontrando no nada
As palavras que perdi
Nos dias em que procurava
O teu odor a jasmim.
Uma a uma as juntei,
Num feixe de sentimentos
Tentei encontrar o sentido
Naquelas palavras perdidas
Mas tudo parecia trocado
Eram já só sedimentos.
E o tempo teimoso, parado
Deu-me então a recordar
Os dias em que ao correr
Soletrava o verbo amar.
E vi tudo envelhecer
E vi as aves voarem
Só não encontrei nos teus olhos
Aquela centelha de luz
Que transforma a noite no dia
E faz o tempo avançar
Manuel F. C. Almeida
Sem comentários:
Enviar um comentário