terça-feira, fevereiro 07, 2012

Continuação da reflexão sobre a moral e a ética a partir de um texto de autor desconhecido




















Este princípio, genericamente, tem como ponto de partida a constatação de que o ser dotado de sensibilidade procura naturalmente o que lhe propicia prazer e aparta de si o que lhe provoca dor e angústia. Assim verificamos as reacções quer de animais, quer de plantas para a procura desse estado. Nos humanos, e desde que se nasce (o primeiro choro, fruto da queima pulmonar), até ao ultimo momento, este principio faz parte e é central na nossa existência. O que se altera é a forma de o manifestar, já que as circunstancias do meio também se alteram à medida que vamos envelhecendo. Mas o que fica e está sempre presente é a procura do que se nos afigura bom, em contraponto ao que cremos ser mau. E chegámos ao cerne da questão e a um dos mais intricados problemas da filosofia, o bem e o mal, ou seja, aos objectos sobre os quais a ética se debruça.
A Ética mais não é que o espelho das preocupações humanas com os conceitos de bem e de mal, sobre o que se nos apresenta como certo e como errado, e é algo presente na vida de todo o ser humano em todos os momentos decisórios. E é nesse ponto, na “praxis” desta tensão interna que se funda a dicotomia ética/moral.

Desde sempre os pensadores procuraram sistematizar e determinar as fronteiras dos dois conceitos. De Aristóteles a Kant, de Santo Agostinho a Nietzsche todos procuram resposta para estas questões. Assim para uns a moral refere-se à “praxis” e a ética será o fundamento que disciplina essa prática. Assim é frequente ouvir falar em moral judaico/cristãs, Kantiana, Marxista, Oriental etc, mas para alguns os fundamentos de todas teriam como base a ciência universal que suporta todos estes universos; A ética já que só ela se debruça sobre os conceitos universalizáveis e logo só ela pode guindar-se ao conceito de ciência.

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